Braille, braille ou braile?
De acordo com a língua portuguesa, todas as três formas de grafia citadas no título estão corretas, porém é preciso se atentar ao objetivo de uso desta palavra.
Ficou confuso? Calma! Vamos explicar.
Braille, sempre com a letra “B” em maiúsculo, deve ser utilizada apenas quando se referir ao educador francês Louis Braille e, nos demais casos, escreve-se braile, com o “b” minúsculo, salvo quando for em começo de frases. Vamos aos detalhes de cada caso.
Braille
Sendo sobrenome de Louis Braille, inventor do sistema de leitura tátil e escrita para cegos e, como todo nome próprio, deve ser escrito sempre com letra maiúscula, respeitando sua grafia original. O sistema foi inventado em 1825, quando Louis tinha apenas 16 anos.
braille
Em julho de 2005, a Comissão Brasileira do Braille (CBB), respeitando a grafia original francesa e internacionalmente utilizada, recomendou o uso do termo com “b” minúsculo e dois “l”. Por decisões da CBB, o termo “Sistema Braille”, também utilizado para identificar a leitura tátil, foi considerado um nome próprio e, por isso, também deve-se respeitar o “B” maiúsculo.
Esse sistema já recebeu outros nomes. Quando trazido para o Brasil, em 1850, por um cego brasileiro, chamado José Alvares de Azevedo, o nome correto era “Sistema de Louis Braille”. Passou a se chamar “Sistema de Braille” para só então receber o nome “Sistema Braille”, utilizado até os dias de hoje.
braile
A palavra “braile” foi aportuguesada do vocábulo frânces “braille”, que por sua vez veio do nome “Braille”, sendo assim um substantivo comum. Logo, a palavra braile deve ser utilizada em utilizações dos termos, por exemplo, máquina braile, biblioteca braile, escrita em braile, placa em braile, jornal em braile, texto em braile, entre outros.
“Os deficientes visuais conquistaram o acesso ao mundo da leitura e escrita e a participação na construção do conhecimento por meio do sistema braile – sistema universal de leitura tátil e escrita”.
Fonte: Diversidade em Cena
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